quinta-feira, 29 de março de 2012

Olimpíada de Matemática

Evento já recebeu 12 milhões de inscrições de estudantes 

Sexta-feira, 23 de março de 2012 - 16:23

Alunos do sexto ao nono ano do fundamental e das três séries do ensino médio podem se inscrever na Obmep (Foto: Wanderley Pessoa) Até a manhã desta sexta-feira, 23, a 8ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) recebeu 12,2 milhões de inscrições de estudantes da educação básica de 27,3 mil escolas. De acordo com o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), entidade que coordena o concurso, 90% dos municípios já haviam aderido à olimpíada até esta data.

A adesão das secretarias estaduais e municipais de educação e a inscrição de escolas e alunos podem ser feitas até dia 30 de março, pela internet. Na Obmep, a inscrição dos estudantes deve ser feita pelas escolas. Podem participar alunos do sexto ao nono ano do ensino fundamental e das três séries do ensino médio.

A coordenadora da olimpíada, Mônica Souza, lembra aos gestores das escolas e aos professores que o regulamento da edição da Obmep 2012 traz três alterações no quesito premiação.

A primeira mudança se refere ao aumento do número de estudantes convidados a participar do programa de iniciação científica júnior, com bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que passa de 3,2 mil para 4,5 mil alunos. A segunda é o aumento do número de certificados de menção honrosa, de 30 mil para 46,2 mil; e a premiação será estendida a 1 mil professores.

Calendário – As datas da Olimpíada são as seguintes: dia 30 de março, encerramento das inscrições; 5 de junho, aplicação das provas da primeira fase nas escolas; 26 de junho, último prazo para as escolas enviarem os cartões-resposta dos classificados para a segunda fase; 15 de agosto, divulgação dos classificados para a segunda fase e do local de realização das provas; 15 de agosto a 14 de setembro, período para as escolas indicarem, na página eletrônica da Obmep, os professores dos alunos classificados para a segunda fase; 15 de setembro, às 14h30 (horário de Brasília), provas da segunda fase; 30 de novembro, divulgação dos premiados na página eletrônica da olimpíada.

Promovida pelos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Educação, a Obmep é realizada pelo Instituto Nacional de Matemática Pura Aplicada (Impa) com o apoio da Sociedade Brasileira de Matemática e sob a coordenação do Cenpec.

Ionice Lorenzoni

Confira o regulamento da 8ª edição na página eletrônica da Obmep.
Palavras-chave: educação básica, matemática, Olimpíada Brasileira de Matemática, Obmep
Mais detalhes em: http://portal.mec.gov.br/

 

quarta-feira, 21 de março de 2012

Programa implementará educação do campo e atenderá 76 mil escolas

Terça-feira, 20 de março de 2012 - 16:14
O novo programa busca assegurar oportunidades para a população do campo, afirmou Dilma Rousseff (Foto: Fabiana Carvalho)O Programa Nacional de Educação do Campo (Pronacampo), lançado na manhã desta terça-feira, 20, vai oferecer apoio técnico e financeiro aos estados, Distrito Federal e municípios para implementação da política de educação do campo. O lançamento, no Palácio do Planalto, teve a participação da presidenta da República, Dilma Rousseff, e do ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

Para a presidenta, o papel do Pronacampo é assegurar oportunidades para a população do campo. “Nós estamos apostando que uma nova geração vai se beneficiar de tudo que fazemos nesta, mudando a feição do campo brasileiro e garantindo que ele será um lugar digno e de qualidade para se morar e se criar os filhos”, afirmou Dilma.

De acordo com o ministro, o Brasil é um grande produtor de alimentos, mas tem uma dívida com as populações camponesas. “Nós temos, aproximadamente, 30 milhões de pessoas que vivem no campo, o Brasil é a segunda maior agricultura do mundo, produz 300 bilhões de dólares e exporta quase 95 bilhões de dólares, no entanto nós não temos uma política específica de educação para a população que vive no campo brasileiro”, disse Mercadante.

No Brasil existem 76 mil escolas rurais, com mais de 6,2 milhões de matrículas e 342 mil professores. O Pronacampo vai estabelecer um conjunto de ações articuladas que atenderá escolas do campo e quilombolas em quatro eixos: gestão e práticas pedagógicas, formação de professores, educação de jovens e adultos e educação profissional e tecnológica.

Entre as ações previstas no programa estão o fortalecimento da escola do campo e quilombola, que já em 2013 receberá material pedagógico adequado às especificidades da vida do campo. Por meio do programa Mais Educação, 10 mil escolas do campo passaram a oferecer educação integral.

Professores
– Serão oferecidos cursos de licenciatura para formação de professores e cursos de aperfeiçoamento. Na área rural, 46,8% dos professores não tem licenciatura. Serão estabelecidos 200 polos da Universidade Aberta do Brasil (UAB) para auxiliar na formação desses professores.

O programa prevê a oferta de 180 mil vagas pelo Pronatec Campo (parte do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, Pronatec) para formação tecnológica de jovens e trabalhadores do campo, a construção de 3 mil novas escolas e investimentos em infraestrutura.

Durante a cerimônia, Dilma Rousseff assinou medida provisória que inclui as escolas dos Centros Familiares de Formação por Alternância (CEFFAS) no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Também foi encaminhado ao Legislativo projeto de lei que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), estabelecendo medidas referentes ao fechamento das escolas do campo e exigindo que sejam ouvidos os conselhos estaduais e municipais de educação.

Assessoria de Comunicação Social
Ouça discurso do ministro Aloizio Mercadante na cerimônia de lançamento do Pronacampo
Palavras-chave: educação básica, educação no campo, Pronatec, Pronacampo

segunda-feira, 12 de março de 2012

Ensino-aprendizagem


 

Rádio ajuda escolas do Rio a atrair o interesse dos alunos 

Professor de informática educativa em escolas do Rio de Janeiro desde 1991, Siddharta Dias de Almeida Fernandes deu início, em 1997, a experiências com rádio on-line no ambiente escolar. A primeira delas no Colégio São Bento, quando criou a Rádio Interativa. Os programas, temáticos, estimulavam os estudantes a realizar pesquisas e buscas interdisciplinares.
“Não era somente pôr no ar um programa”, diz Siddharta. “Os alunos tinham de ir a campo para entrevistar professores ou outros alunos, fazer contato com músicos e procurar, na escola, eventos ou fatos que pudessem dar uma pauta.” Isso gerou uma dinâmica ativa de envolvimento dos alunos com a escola e com toda a comunidade escolar. “Para nós, professores, a produção dos programas era a fase mais interessante, o momento de os alunos criarem e transformarem suas ideias em uma linguagem radiofônica”, afirma o professor.
Os temas da programação, como maioridade e direitos e deveres civis dos adolescentes, eram escolhidos pelos alunos. O primeiro programa, sobre bandas alternativas, teve a participação de estudantes da instituição integrantes de grupos musicais. De acordo com o professor, a experiência foi interessante e o envolvimento dos estudantes, o melhor possível.
Cada aluno exercia uma função diferente — repórter, locutor, redator, produtor etc. “A rádio tomou uma dimensão muito grande, e os alunos começaram a receber CDs das gravadoras para pôr no ar”, revela. Eles também eram procurados por integrantes de bandas novas interessados em divulgar o trabalho na rádio.
Siddharta criou rádios também em outras instituições de ensino, como o Colégio Estadual Souza Aguiar. “Apesar de escola pública, com menos recursos, nela os programas ficaram muito interessantes”, salienta. No Colégio Garriga de Menezes, a rádio serviu como instrumento de análise para sua dissertação de mestrado em educação, com ênfase em novas tecnologias.
Autoestima — Outra rádio foi criada no Centro Integrado de Educação Pública (Ciep) Presidente Agostinho Neto. Essa experiência, com a participação de alunos de um grupo de aceleração de estudos, é considerada pelo professor como a mais significativa, por envolver estudantes tidos como problemáticos, com um histórico de reprovações consecutivas. “A autoestima de todos ficou elevada quando viraram radialistas e tiveram de rodar a escola em busca de matérias”, constata. “Não eram mais os alunos-problema: eram os criadores da rádio da escola.”
Siddharta, que hoje leciona nos colégios Pedro II, Andrews e Teresiano — colégio de aplicação da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro —, não tem mais desenvolvido projetos de rádio. Ele atua agora na área de produção de vídeos. Com licenciatura em matemática, participa de grupo de pesquisa na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) sobre redes públicas de políticas em educação.
Fátima Schenini
Saiba mais no Jornal do Professor
Palavras-chave: escola, rádio, linguagem radiofônica
Mais detalhes em: http://portal.mec.gov.br/; 

 

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