terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Ensino-aprendizagem

Professora de Goiânia resgata brincadeiras e recebe prêmio


O projeto desenvolvido no CMEI Colemar Natal e Silva também valoriza a inclusão de pessoas com deficiência, em parceria com a Apae (foto: acervo da professora Ângela Araújo)Professora no Centro Municipal de Educação Infantil Colemar Natal e Silva, em Goiânia, há cinco anos, Ângela de Lourdes Rezende e Araújo integra o grupo de vencedores da quinta edição do Prêmio Professores do Brasil. Ela concorreu com o projeto Brincadeiras de Crianças e Possibilidades de Integração com a Família. Desenvolvido inicialmente com 20 alunos da educação infantil, na faixa etária de cinco anos, o trabalho, voltado para o resgate de antigas brincadeiras, atraiu as famílias para a escola.

Moradora de Hidrolândia, a 30 quilômetros da capital, Ângela leciona desde os 16 anos, quando concluiu o curso de nível médio de magistério. Naquela época, descobriu a paixão pelo ensino. Mesmo lecionando em escolas públicas, nas quais, às vezes, faltam recursos para efetivar determinadas propostas de trabalho, ela garante que o mais importante não lhe falta: “Entusiasmo, criatividade, predisposição interna para a mudança, bem como o desejo de cativar as crianças e criar propostas inovadoras, que tornem as aulas mais criativas e façam a diferença na vida dos educandos”.
Formada em pedagogia, com especialização em planejamento educacional e psicopedagogia, ela acredita que o trabalho do educador produz a diferença quando ele gosta do que faz e busca uma formação continuada. “É preciso valorizar muito o professor”, salienta.
Na opinião de Ângela, o magistério é uma profissão capaz de formar pessoas que veem e compreendem a realidade, atuando nessa realidade como elemento de mudança e transformação. “Enquanto educa, o professor forma mentalidades que podem exercer a cidadania e lutar por uma sociedade mais justa e igualitária”, ressalta.
A professora revela que seu trabalho é todo subsidiado por projetos, originados principalmente dos interesses e necessidades do grupo de alunos. “Ao trabalhar com projetos, tornamos nosso currículo mais dinâmico, rico e significativo”, diz. Para ela, os projetos também permitem que a interdisciplinaridade ocorra de forma natural, além de instigar o interesse das crianças e o engajamento da família nas propostas de trabalho. Possibilitam ainda o entrelaçamento dos conhecimentos científicos e não científicos e permitem que as crianças se considerem integrantes do processo. “Aos poucos, elas vão se apropriando de nossa cultura e construindo seus conhecimentos”, enfatiza.
Resgate — O projeto premiado resgatou brincadeiras do tempo em que os pais dos estudantes eram crianças, de modo a ampliar o repertório de atividades lúdicas no cotidiano dos alunos. Procurou, também, integrar o estudo da vida e da obra de Cândido Portinari (1903-1962), com suas brincadeiras populares infantis. Uma parceria com a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Goiânia valorizou a prática da inclusão. Outra preocupação do projeto foi a de desenvolver experiências significativas por meio de múltiplas linguagens para incentivar a interação entre as crianças e promover a aprendizagem.
De acordo com Ângela, foi possível observar, na prática, que o resgate de brincadeiras mais antigas aproximou os pais da escola, abriu espaço para a criatividade e tornou as crianças mais amigas umas das outras. Contribuiu ainda para a valorização de brincadeiras que estavam esquecidas. “Notamos que o projeto permitiu uma prática mais reflexiva, que valorizou o conhecimento de mundo das crianças, de forma que esse conhecimento fosse vivido, sentido, percebido e explorado por meio de situações diversas”, argumenta a professora. Ela conclui que o trabalho permitiu o entrelaçamento entre o brincar, o cuidar e o educar, ao reconhecer a criança como sujeito de direitos com poder de imaginação, fantasia e criatividade. 
Fátima Schenini
Saiba mais no Jornal do Professor
Palavras-chave: brincadeiras infantis, Prêmio Professores do Brasil
Mais detalhes em : http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17538; 

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Semana Pedagógica na Escola Nelita Rocha



Nesta sexta-feira dia 24.02.2012, pela parte da manhã, participamos da semana pedagógica da Escola Estadual Nelita Rocha, ministrando uma palestra sobre: As Tecnologias na Educação Promovendo a Autonomia na Escola. Na oportunidade buscamos socializar para a comunidade da escola, sobre as possibilidades de desenvolvermos novas experiências  de Gestão e novas metodologias  pedagógicas inovadoras com o uso das Tecnologias em nosso contexto escolar. 
Sabemos que a luta pela autonomia da escola não é nova, o que a escola pode fazer para conseguir concretizar a sua autonomia?  
Por sua importância histórica, a maioria dos teóricos da educação apontam que a escola através do Projeto Político Pedagógico, passa a ser o local legitimo e mais adequado para essa discussão crítica sobre a democratização (como) e o acesso a essas tecnologias e a forma deverá acontecer através da formação, a preparação de professores, gestores e da comunidade, preparando os cidadãos para a mudança do currículo, que nela vivem para serem inseridos nesta sociedade global. Portanto as mudanças só dependem da comunidade escolar e o sucesso da sua inclusão deve estar previsto no Projeto Político Pedagógico.  Assim as Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação, deixarão de ser futuro e passarão a ser  presente em nosso dia-a-dia em nossas escolas. As leituras sobre o tema mostram que apesar de todos os esforços a resistência ainda é um fantasma à ser bem trabalhado. As Tecnologias apesar da resistência já começam a chegar às escolas e as experiências realizadas no restos do mundo no seu uso com objetivos educacionais podem deflagrar um novo processo pedagógico dentro e fora das salas de aula para a nossa educação. O importante é gestores, pedagogos, professores e alunos pensem formas inovadoras para a sua utilização, se assim for as tecnologias poderão ser uma ferramenta de amplas possibilidades de mudanças no processo ensino-aprendizagem, que irá possibilitar o acesso e democratização da educação. 
É importante que essas tecnologias sejam utilizadas na construção de propostas pedagógicas inovadoras. para reafirmar a propostas citamos:  Jean Piaget: 
“...formar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores....”
Fotos: Rangel.
                                            

          

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Professor desenvolve projetos criativos em escola potiguar

Terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 - 13:23

Elementos da cultura nordestina são usados na escola de Ipanguaçu como formas alternativas de ensino e mostram aos alunos diferentes maneiras de estudar e analisar a língua portuguesa (foto: arquivo da Escola Municipal Adalberto Nobre de Siqueira) Os projetos criados por um professor de apenas 20 anos contribuíram para a premiação de sua escola em diferentes ocasiões. Estudante de letras, André Magri Ribeiro de Melo dá aulas de língua portuguesa e literatura na Escola Municipal Adalberto Nobre de Siqueira, em Ipanguaçu, município potiguar a 200 quilômetros de Natal. Na mesma instituição, localizada no assentamento Tabuleiro Alto, área rural do município, ele iniciou a carreira de professor, há quatro anos.
A primeira iniciativa premiada de André foi o projeto Literatura de Terror: uma Visita à Elegante Essência do Medo. A experiência conquistou o primeiro lugar do prêmio Construindo a Nação, edição 2010, no ensino fundamental. Em 2011, o projeto Identidade e Voz do Povo Nordestino na Literatura Regionalista proporcionou à escola o primeiro lugar na mesma premiação. Com esse projeto, a instituição também foi vencedora do Selo Escola Solidária (2011) e conquistou o segundo lugar no Prêmio Educador Nota 10, da Fundação Victor Civita (2011).
Na visão desse jovem educador, o uso de meios alternativos de ensino, como músicas, filmes e desenhos animados, mostra ao estudante diferentes formas de estudar e analisar a língua materna que não sejam apenas o livro didático e o quadro com giz. “Se o aluno sentir prazer em estar na sala de aula e na escola, renderá bem mais, e seu aprendizado sofrerá evolução significativa”, afirma André. Em todo os projetos que desenvolve, ele conta sempre com a parceria dos professores de língua inglesa e ensino da arte.
Seus planos para 2012 incluem uma grande viagem pela história da literatura brasileira com o projeto De Caminha a Lobato: A Evolução da Literatura Brasileira. “Os alunos serão apresentados aos diferentes momentos de construção da nossa literatura e conhecerão as influências recebidas, bem como as relações das obras escritas com os momentos históricos que nosso país vivia a cada surgimento de um novo olhar sobre a palavra”, revela.
A viagem pelas letras terá início com a leitura de uma versão infantil da Carta de Pero Vaz de Caminha (sexto e sétimo anos) e trechos do texto original (oitavo e nono). Terá continuidade com a passagem pelas escolas da literatura brasileira, como o Romantismo e o Modernismo, até chegar às obras de Monteiro Lobato. “Um batalhão de personagens, histórias e emoções pretende bater à porta da escola e das famílias de Tabuleiro Alto”, adianta André.
Ele assegura que os alunos lerão todas as obras indicadas, integralmente. Embora o acervo da biblioteca da escola seja pequeno, os estudantes contam com a ajuda da família para a aquisição de obras, com doações e visitas a bibliotecas municipais. “Entendemos que a leitura dos textos integrais garante maior compreensão do aluno e o insere mais ainda no mundo letrado e literário”, diz o professor.
Fátima Schenini
Saiba mais no Jornal do Professor
Leia também:
Projetos literários contribuem para ampliar conhecimentos

Palavras-chave: letras, literatura brasileira
Mais detalhes: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17509; 

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Sustentabilidade é tema de concurso de vídeos escolares

Segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012 - 18:53
Estudantes de todo o Brasil podem enviar, até 30 de março, vídeos para participar do Concurso Ecovídeo das Escolas, promovido pela TV Escola. As produções podem ter até dois minutos de duração e deverão responder à pergunta: Qual é o seu papel na criação de um mundo sustentável?

Os vídeos devem ser inspirados na realidade das comunidades locais e os participantes devem buscar identificar os problemas socioambientais da região e, neste contexto, propor melhorias e soluções sustentáveis. Os vídeos podem ser produzidos por grupos de até quatro integrantes, sendo um, obrigatoriamente, o professor-responsável.

A página da 4ª Semana do Meio Ambiente da TV Escola na internet divulgará todos os vídeos concorrentes. O concurso premiará aquele mais acessado, que receberá a visita da equipe da TV Escola para uma reportagem especial para a semana. Também será escolhido por um júri especializado o melhor projeto, que ganhará uma viagem ao Rio de Janeiro para a gravação de um programa especial na TV Escola.

A 4ª Semana do Meio Ambiente da TV Escola irá ao ar de 4 a 8 de junho e terá como foco a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio + 20).

Diego Rocha

Conheça o regulamento do concurso
Palavras-chave: TV Escola
Mais detalhes em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17507; 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Espaço virtual reúne um grande conteúdo de apoio para aulas

O Portal do Professor do Ministério da Educação não para de inovar e de crescer em volume de conteúdos digitais. Desde 2007, quando entrou no ar, já armazena mais de 16 mil conteúdos digitais, que podem ser utilizados gratuitamente por professores da educação infantil ao ensino superior. Mais de um milhão de visitantes de 190 países acessam mensalmente a página, em busca de recursos multimídia ou de sugestões de aulas sobre diferentes temas, postadas pelos próprios professores.
O Portal do Professor ainda indica endereços virtuais de bibliotecas e museus de todo o mundo, revistas pedagógicas e outras páginas com conteúdo educacional de qualidade. Por exemplo, as aulas do professor norte-americano Salman Khan, que virou sucesso na internet com seu método de ensinar utilizando um quadro negro virtual e uso de recursos multimídia. Além de ter acesso às aulas originais, em inglês, os internautas são redirecionados para aulas de química, física, matemática e biologia, traduzidas para o português pela Fundação Lemann.
O ministro Aloizio Mercadante já anunciou que o Portal do Professor e as aulas de Khan serão inseridas nos tablets a serem entregues a partir do segundo semestre deste ano a professores de ensino médio das escolas públicas. A previsão do ministro é de que até abril todas as aulas já estejam traduzidas para português. “É um professor que desenvolveu formas bastante pedagógicas de exposição”, disse. “São geralmente filmes de 10 minutos e exercícios. Se você não conseguiu fazer, o computador diz que você deve voltar e assistir novamente a aula. É uma aula personalizada, a que o ritmo de cada um pode ir se adequando”, disse Mercadante.
Portanto, os professores do ensino médio do Brasil vão poder ver as aulas do professor Khan, ver os exercícios e utilizar essas informações da forma mais adequada. E é só um exemplo.
Sugestões – Há meses em que o Portal do Professor recebe 1.500 propostas de aulas enviadas por professores. Antes de ser publicada, a experiência passa por um processo de validação. Caso precise de informações adicionais, retorna para o professor com sugestões de endereços e conteúdos digitais que podem enriquecer aquela aula. Atualmente, estão publicadas 12 mil aulas, abordando diferentes temáticas para a educação básica e profissionalizante.
Como as sugestões de aula enviadas pelos professores brasileiros são de livre acesso, outro professor pode reeditá-la, acrescentando ideias e outros recursos. De toda forma, a aula original é mantida no portal. É uma espécie de rede social, em que os professores podem fazer comentários sobre as aulas enviadas.
A aula mais acessada é a da professora Lívia Raposa Bardy, da Universidade Federal de São Carlos, que trata sobre o corpo humano para os anos iniciais do ensino fundamental. Já recebeu mais de 278 mil acessos.
As melhores sugestões de aulas são selecionadas e agrupadas em coleções temáticas, criando sequência didática de determinado tema do currículo. Há, atualmente, 726 coleções, da educação infantil ao ensino médio. Um diferencial do Portal do Professor é que a sugestão de aula é uma ferramenta para que professores de escolas públicas e privadas possam compartilhar suas aulas e suas experiências.
A maioria dos conteúdos digitais refere-se ao currículo da educação básica – são 11.500 no total, incluindo recursos de alta qualidade, como material da coleção da Agência Espacial Brasileira sobre o aquecimento global e pesquisas de universidades do Brasil e de outros países em diferentes áreas do conhecimento.
O espaço virtual foi criado para dar suporte à formação dos professores à sua prática na escola. No portal, os professores não têm apenas vídeos, mas também recursos em PDF, áudio, simuladores de laboratórios virtuais de química e física. Eles ainda alimentam o portal, enviando sugestões de blogs das suas próprias escolas e vídeos educativos postados pelos alunos no portal Youtube. Depois do Brasil, Portugal e Estados Unidos são os países que mais acessam o Portal do Professor. 
Rovenia Amorim
Ouça a entrevista do ministro Aloizio Mercadante
Palavras-chave: Portal do Professor
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17499; 

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