quarta-feira, 12 de abril de 2017
quarta-feira, 5 de abril de 2017
EDUCAÇÃO MATEMATICA
Transtorno de aprendizado de Matemática atinge não só crianças, mas adultos também
Ter
problemas com os estudos na infância e na adolescência é normal,
principalmente quando a matéria é Matemática. Mas há um limite entre não
gostar da disciplina e ter um bloqueio para aprendê-la. Quando isso
acontece, o aluno pode ter discalculia, transtorno de aprendizagem
específico da Matemática.
De origem neurobiológica, o problema pode gerar quadros de ansiedade e gerar problemas no convívio social.
— Às vezes, a dificuldade se disfarça de rebeldia ou preguiça, mas por trás desse comportamento há uma dificuldade real de lidar com números e operações — explica Viviani Zumpano, neuropsicopedagoga da NeuroKinder.
Ela comenta que os estudos sobre o assunto ainda são muito recentes, mas indicam que o problema atinge de 3% a 6% dos estudantes.
— Como não se consegue ver, é de difícil diagnóstico, mas pais e professores precisam ter um olhar atento e uma escuta ativa para os sinais — observa a especialista.
A estudante Ana Clara Barboza não tem o diagnóstico fechado, mas convive há quatro anos com a dificuldade de acessar a memória e resgatar o que foi passado em aulas.
— Tenho que passar muito mais tempo estudando do que uma pessoa normal e, quando chego na prova, dá branco. Me sinto impotente — conta a menina de 15 anos.
O contexto escolar
Para Marilene Proença, presidente da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE), qualquer dificuldade vivida por estudantes traz consequências para a representação que ele passa a ter sobre si mesmo, suas capacidades e futuro.
— A escolarização malsucedida acarreta um peso sobre a formação do indivíduo — afirma a professora da Universidade de São Paulo.
Ela lembra que, até o momento, a discalculia ainda é um tema em discussão entre especialistas e que é preciso cuidado para não generalizar.
Para ela, o acompanhamento de estudantes com alguma dificuldade só tem resultado se ele for compreendido como um todo, sem “patologizar” sua forma de ver o mundo.
— Esse, para nós, é o caminho do tratamento. Só faz sentido quando entendemos como a criança ou adolescente aprende, qual o seu contexto e história de escolarização, que práticas de ensino foram e estão sendo aplicadas a esse estudante — observa Marilene Proença.
No desenvolvimento escolar, há ainda a participação da família como peça-chave. Segundo a neuropsicopedagoga Viviani Zumpano, além da tolerância às dificuldades que os filhos possam ter na matemática, o acompanhamento nas tarefas escolares é essencial.
— Todo mundo na casa tem que estar comprometido com o processo de aprendizado da criança —conclui.
De origem neurobiológica, o problema pode gerar quadros de ansiedade e gerar problemas no convívio social.
— Às vezes, a dificuldade se disfarça de rebeldia ou preguiça, mas por trás desse comportamento há uma dificuldade real de lidar com números e operações — explica Viviani Zumpano, neuropsicopedagoga da NeuroKinder.
Ela comenta que os estudos sobre o assunto ainda são muito recentes, mas indicam que o problema atinge de 3% a 6% dos estudantes.
— Como não se consegue ver, é de difícil diagnóstico, mas pais e professores precisam ter um olhar atento e uma escuta ativa para os sinais — observa a especialista.
A estudante Ana Clara Barboza não tem o diagnóstico fechado, mas convive há quatro anos com a dificuldade de acessar a memória e resgatar o que foi passado em aulas.
— Tenho que passar muito mais tempo estudando do que uma pessoa normal e, quando chego na prova, dá branco. Me sinto impotente — conta a menina de 15 anos.
O contexto escolar
Para Marilene Proença, presidente da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE), qualquer dificuldade vivida por estudantes traz consequências para a representação que ele passa a ter sobre si mesmo, suas capacidades e futuro.
— A escolarização malsucedida acarreta um peso sobre a formação do indivíduo — afirma a professora da Universidade de São Paulo.
Ela lembra que, até o momento, a discalculia ainda é um tema em discussão entre especialistas e que é preciso cuidado para não generalizar.
Para ela, o acompanhamento de estudantes com alguma dificuldade só tem resultado se ele for compreendido como um todo, sem “patologizar” sua forma de ver o mundo.
— Esse, para nós, é o caminho do tratamento. Só faz sentido quando entendemos como a criança ou adolescente aprende, qual o seu contexto e história de escolarização, que práticas de ensino foram e estão sendo aplicadas a esse estudante — observa Marilene Proença.
No desenvolvimento escolar, há ainda a participação da família como peça-chave. Segundo a neuropsicopedagoga Viviani Zumpano, além da tolerância às dificuldades que os filhos possam ter na matemática, o acompanhamento nas tarefas escolares é essencial.
— Todo mundo na casa tem que estar comprometido com o processo de aprendizado da criança —conclui.
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