sábado, 15 de novembro de 2008

ARTIGO DE OPINIÃO: A NOTICIA

Universidade Federal do Amapá - UNIFAP
Formação Continuada em Mídias na Educação
Módulo intermediário II / Mídia Impressa
Tutor: Antônio Rangel Turma: B
Cursista: Maria de Jesus Silva Xavier[1]
Módulo: Gêneros Textuais Etapa: 2 Atividade: 03

ARTIGO DE OPINIÃO: A NOTICIA
Na década de 1970, no Brasil, a leitura se tornou um campo de investigação de ordem teórica e metodológica, não mais se restringindo aos estudos e propostas de alfabetização ou pesquisas ligadas aos hábitos do leitor e ao ensino da literatura.
O tema da leitura adveio não só das inovações no campo intelectual, de pesquisadores brasileiros ligados aos mais recentes estudos lingüísticos de outros países, mas também do fenômeno, hoje posto em dúvida como a da tão falada “crise de leitura”, suscitando o interesse de estudiosos de ciências, como a Psicologia, a Sociologia, a História, concorrendo para o aprofundamento nos estudos no campo da educação, colocando em questão as práticas da própria instituição que detinha o poder sobre a leitura e a escrita: a escola.
Nesse sentido, tem-se um pensamento errôneo em relação à capacidade dos alunos, vistos como incapazes de interpretar e produzir discursos. Assim, são oferecidos a eles, desde as séries iniciais, textos curtos, de poucas frases, com intuito de aproximar os textos das crianças, em vez de aproximar as crianças dos textos de qualidade.
Quando a criança ingressa na escola já tem vários e diferenciados saberes sobre os textos escritos. Pode ser capaz de “ler” logomarcas, seu próprio nome, palavras que são significativas como o nome de um brinquedo. Além disso, provavelmente, tem hipóteses sobre a função de diferentes tipos de texto: uma receita ensina como se faz um bolo, o letreiro de um ônibus indica sua direção etc., cabendo, pois, ao professor ampliar esse conhecimento dos alunos, uma vez que a aprendizagem da leitura deve se dar em forma de espiral, isto é, que a leitura possa ser retomada, aprofundada e ampliada, de acordo com a série, com o grau de maturidade dos alunos, com suas habilidades lingüísticas e com a área temática de seu interesse.
Logo, acreditamos que para melhor eficácia do estudo da Língua Portuguesa, é pertinente que se aborde a variedade sociocultural através dos gêneros textuais, já que estudos e relatos de experiências de profissionais de ensino têm demonstrado que essa abordagem amplia, diversifica, enriquece e também aprimora a capacidade de compreensão e interpretação dos textos. Consequentemente, os alunos adquirirão conhecimentos diversos, sendo capazes de serem críticos e atuantes.
Diante disso, propõe-se que os professores desenvolvam suas atividades, tendo como base esses diferentes gêneros textuais, abordando assim a presença dessa diversidade como ferramenta para o desenvolvimento da linguagem, uma vez que não se pode ignorar o estudo do contexto, a organização etc.
A partir deste artigo, coloca-se a proposta de elaborar atividades que contemplem a leitura e a produção textual na perspectiva dos gêneros, mais especificamente a notícia, presente no domínio jornalístico, uma vez que trabalhar na sala de aula com esse gênero é de suma importância, até porque pode suscitar opiniões diferentes, debates entre indivíduos, levando-os a construírem opiniões sobre o mundo que os cerca.
Com isso, desenvolvem suas capacidades de expressão lingüística, onde também os professores se adequam às modificações sociais e culturais, conforme sugerem os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s).

Referencia Bibliográfica

LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 2000.
BAKTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso. In ______. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

[1] O autor(a) é aluno(a) do Curso de Formação Continuada em Mídias na Educação – Ciclo Intermediário II – Ministrado pela UNIFAP.

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