sábado, 15 de novembro de 2008

Formando Leitores Autores

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
Curso Formação Continuada em Mídias na Educação II
Tutor: Antônio Rangel
Cursista: Rejayne do Socorro Rodrigues de Albuquerque[1]
Turma: B Atividade 4 Produção de Texto Individual

Tema: Formando Leitores Autores

RESUMO: A leitura constitui uma prática social e é fundamental para o desenvolvimento pessoal. O sujeito, ao praticar o ato de ler, está mergulhado num processo de produção de sentidos. A escola por sua vez deve formar leitores, buscando desenvolver não apenas o hábito de ler, mas fazer dessa leitura um meio de transformação educacional, cultural, pessoal e conseqüentemente, social, onde ler seja um ato de liberdade, permitindo a formação de cidadãos críticos e conscientes, contribuindo para uma sociedade mais informada.

Palavra-chave: Leitura, Alunos, Formação e Transformação.

Utilizamos à leitura em vários momentos e com diversas finalidades: no trabalho, na escola, no lazer ou em casa. Ler é um hábito que se adquire ao longo da vida constituindo-se como algo importante para a aprendizagem do ser humano, pois é através dela que podemos ampliar o vocabulário, obter conhecimentos, dinamizar o raciocínio, a interpretação, e a capacidade de compreender o que acontece ao seu redor, portanto desde cedo à leitura deve ser introduzida no cotidiano das pessoas. No entanto, a formação do leitor não pode ser delegada somente à escola, deve ser uma parceria entre escola e família.
Toda ação educativa em relação à leitura deve utilizar estratégias para adquirir métodos e meios de solidificar essa aprendizagem, favorecendo que o hábito de ler não seja apenas obrigatório ou de cumprimento de regras, mas seja um ato espontâneo e livre, onde o leitor se educa e/ou reeduca, passando a ler conscientemente, para que a leitura seja um fator transformador em sua vida pessoal e em seu meio.
O que se deve ressaltar é a importância de se ter uma prática de leitura que prepare leitores capazes de não só participarem da sociedade na qual convivem, mas principalmente de transformá-la. Para isso, é necessário o papel do professor como mediador nesse processo, que esse educador atente para o caráter social do ato de ler, uma vez que, no momento da leitura, trocam-se valores, crenças, gostos, que não pertencem somente ao leitor, nem ao autor do texto, mas a todo um conjunto sociocultural. Dar a leitura à relevância necessária, oportunizando ao aluno criar hipóteses sobre a estrutura da mesma, a partir de textos que venham se tornar fontes inesgotáveis de conhecimento, esculpindo seu significado com estilo e clareza, colocando em foco os principais conflitos que cercam a existência humana, visando à formação de um cidadão mais crítico, reflexivo e capaz de atuar na sociedade, considerando os valores éticos, morais e sociais.
Neste sentido, percebe-se que a leitura requer não apenas um puro ato de ler, mas estratégia que favorecem a qualidade e a profundidade da leitura, como afirma Paulo Freire:“Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto”. A estratégia que se deve usar na leitura pode ser diversificada, dependendo da realidade e do contexto em que se está inserido, porém ela, se torna extremamente importante, pois não basta decodificar códigos textuais é necessário interpretar, compreender, estabelecer relações entre o que se lê e o que se é revelado na leitura.
De acordo com Kuenzer (2002, p. 101), “Leitura, escrita e fala não são tarefas escolares que se esgotam em si mesmas; que terminam com a nota bimestral. Leitura, escrita e fala – repetindo – são atividades sociais, entre sujeitos históricos, realizadas sob condições concretas”, promovendo a formação do sujeito crítico e reflexivo, uma vez que é através do desenvolvimento dessas habilidades que os estudantes podem posicionar-se em situações, sejam elas cotidianas ou não, com autonomia. Cabe à escola a tarefa de oportunizar ao estudante situações de ensino-aprendizagem que contextualizam os conhecimentos que os mesmos já trazem quando chegam à escola e os que vão adquirindo , sem que haja ruptura.
O papel da escola não é mais a mera transmissão de informações; hoje, exige-se que ela desenvolva a capacidade de aprender, o que subentende o domínio da leitura e da escrita. A inserção do aluno, no universo da cultura letrada, desenvolve a habilidade de dialogar com os textos lidos, através da capacidade de ler em profundidade e de interpretar textos significativos para a formação da sensibilidade, da cultura e da cidadania. Ela vem, pois, constituindo-se como espaço privilegiado para a aprendizagem e para o desenvolvimento da leitura. Deste modo, cabe à escola, a tarefa de apresentar ao aluno textos de diversos gêneros e tipos textuais, para que passe a apreciar a leitura, levando-o a formular hipóteses acerca do sentido do que lê, do que vivencia, do que vê, do que leu nos jornais, do que sente, assumindo pontos de vista próprios, promovendo um diálogo critico entre a vida e a escola.

BIBLIOGRAFIA

BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito de leitura. Série Educação em Ação. 6ª ed. São Paulo: Ática, 1995.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. Em três artigos que se completam. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 1995.

FOUCAMBERT, Jean. A leitura em questão. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.

KLEIMAN, Ângela. Oficina de leitura: Teoria e Prática. 6ª ed. Campinas, SP: Pontes, 1998.

KUENZER, Acácia (Org.). Ensino Médio: Construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. 3ª ed. Cortez, 2002.

LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 200.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. – São Paulo: Cortez, 1994. – (Coleção Magistério. 2º grau. Série formação do professor).

www.eproinfo.mec.gov.br
www.novaescola.com.br




[1] O autor(a) é aluno(a) do Curso de Formação Continuada em Mídias na Educação – Ciclo Intermediário II – Ministrado pela UNIFAP.

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